A CULPA
A natureza em sua virtude...
A vida em plena altitude...
Já nasci preso sem direito a liberdade
Vivo com a fome ao meu lado minha única companheira
Sinto o peso do preconceito em minhas costas
Vejo o mundo pisar em mim e não tenho poder para reagir.
Sem moradia vivo com os ratos e me alimento dos restos
Que a sociedade deixa para trás
Respiro a fumaça dos carros
Não sei que sou, não me registraram em cartório.
Não me deram família, nem escola.
Vivo onde termina a elite e começa o esgoto.
Entre a fezes me divirto,
Entre a urina me banho
No meio da imundice rezo para não sair mais dali.
Não sou cidadão, não sou gente
Sou excluído da sociedade democrática
Sou lesado e por isso me calo diante da omissão todos teus pecados.
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